31 de julho de 2012

Qual é a cor do amor?


Professora de Minas Gerais integra Linguagem Oral, Matemática, Artes Visuais, Natureza e Sociedade com projeto de leitura



A pedagoga

Rosemeire Xavier (foto), do colégio Casa de Brinquedo, em Vespasiano (MG), idealizou o projeto Qual É a Cor do Amor? com intuito de incutir hábitos de leitura desde cedo nas crianças e reforçar o prazer dessa atividade, tanto no âmbito da escola como no da família. “A leitura conjunta de um adulto com as crianças proporciona um envolvimento direto dos pequenos com o livro, tornando esta experiência vital, efetiva e divertida”, conta a pedagoga. No projeto, foram trabalhados diversos eixos temáticos, como Linguagem Oral, Natureza e Sociedade, Artes visuais, Culinária, Matemática e Movimento. Acompanhe algumas atividades desenvolvidas com a turminha.
Qual é a cor do amor?
Para começar, a professora espalhou cartazes na escola com a frase Qual É a Cor do Amor?, título do livro adotado para o projeto, e pediu que as crianças dessem sua opinião. “Alunos de outras turmas, professores e até os pais responderam nos cartazes também, gerando um envolvimento muito grande de toda a escola”, conta Rose.

Hora da Matemática 
Após recolher os cartazes, que ficaram anexados na escola por três semanas, foi apurando o resultado sobre qual seria a cor do amor. A professora anotou na lousa as cores citadas, com ajuda das crianças, fez a contagem e questionou qual cor foi a preferida e qual foi a menos citada. “A mais citada foi a vermelha, por associação com o coração, mas também surgiu preto, roxo, cor-de-rosa e todas as cores do arco-íris”, diz a professora.

Visita ao zoológico 
No livro, um elefantinho cinzento queria descobrir a cor do amor e perguntava a todos seus amigos. Para aproximar os alunos do tema, a professora levou os alunos ao zoológico, para que vissem um elefante de verdade. Na ocasião, foi adotado também um elefantinho cinzento de pelúcia como mascote da turma, e as crianças fizeram uma votação para escolher o nome dele: Miolinho. Durante o passeio, a professora começou a contar a história e deixou o desfecho para que pais e filhos descobrissem qual seria a cor do amor.

Parceria com os pais
A cada semana, um aluno levava para casa o elefantinho e uma sacola literária, contendo o livro, um caderno para registrar a visita do mascote e para fazer uma enquete sobre qual seria a cor do amor, perguntando para os pais e familiares. Além disso, os pais deveriam ajudar os filhos a pesquisar curiosidades sobre os elefantes. Na escola, cada criança apresentava sua entrevista para os colegas e todos podiam opinar sobre as hipóteses dos entrevistados, manifestando também sua própria opinião, além de compartilhar as informações levantadas sobre os elefantes. “Foi curioso notar o envolvimento muito grande dos alunos, os pais comentavam que as crianças saíam perguntando sobre a cor do amor para todo mundo, até quando passeavam no shopping, por exemplo!”, conta Rose.
Vamos brincar com as cores
O projeto foi encerrado com uma festa das cores comemorando o aniversário do elefantinho cinzento na escola. Foi uma festa à fantasia, em que as crianças escolheram as cores de que mais gostavam para ter destaque na roupa e cantaram parabéns para o Miolinho. No dia da festa, as crianças fizeram a brincadeira do Elefante Colorido, que funciona assim: a professora diz “elefante colorido”, e as crianças perguntam “qual é a cor?”. Na sequência, a educadora responde determinada cor e os pequenos saem correndo à procura de algum objeto da cor solicitada.
Todas as cores do mundo 
Durante a execução do projeto, alunos, familiares e a comunidade escolar se envolveram e demonstraram alegria e satisfação em participar, relatando a importância de inserir a ludicidade no estímulo à leitura e de construir vínculos afetivos entre família e escola. “O projeto foi muito envolvente e divertido, e foi importante ressaltar que por meio da literatura pode-se aprender brincando!”, comenta Rose. Ficou curiosa para saber qual a cor do amor? Sem querer estragar o final do livro, Rose ressalta que a mensagem final é a valorização das diferenças: “Não há uma única cor para representar o amor, cada um tem sua opinião e deve ser respeitada”.

Você está sendo lapidado???


Meu profundo desejo é...


29 de julho de 2012

Em primeiríssima mão...

Fonte: http://kibeloco.com.br/2012/07/27/quero-ver-nas-olimpiadas/

O que é VIVER mesmo???


Já é - Lulu Santos



Sei lá...
Tem dias que a gente olha pra si
E se pergunta se é mesmo isso aí
Que a gente achou que ia ser
Quando a gente crescer
E nossa história de repente ficou
Alguma coisa que alguém inventou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um déjà vu
Sei lá...
Tem tanta coisa que a gente não diz
E se pergunta se anda feliz
Com o rumo que a vida tomou
No trabalho e no amor
Se a gente é dono do próprio nariz
Ou o espelho é que se transformou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um vis a vis
Por isso eu quero mais
Não dá pra ser depois
Do que ficou pra trás
Na hora que já é!

28 de julho de 2012

26 de julho de 2012

Encontre Sua Grandeza

Comercial da Nike (2012)

Ler devia ser proibido - Guiomar de Grammont


“A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.”

Quando você pensar em desistir...


22 de julho de 2012

O que faz você feliz? - Seu Jorge


A lua, a praia, o mar,
Uma rua, passear, 
Uma dança, um beijo,
Ou goibada com queijo?
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo e acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade,
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis,
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a cede, ler,
Ou viver um romance
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra,
Uma conversa boa, um cafuné, 
Café com leite, rir atoa,
Um pássaro, um parque, um chafariz,
Ou será o choro que te faz feliz? 
A pausa pra pensar, sentir o vento, 
Esquecer o tempo, o céu, o sol, um som, 
A pessoa ou o lugar?


Agora me diz, O que faz você feliz?

19 de julho de 2012

É o amor - Chico Xavier

Vida: É o amor existencial.


Razão: É o amor que pondera.


Estudo: É o amor que analisa.


Ciência: É o amor que investiga.


Filosofia: É o amor que pensa.


Religião: É o amor que busca a Deus.


Verdade: É o amor que eterniza.


Ideal: É o amor que se eleva.


Fé: É o amor que transcende.


Esperança: É o amor que sonha.


Caridade: É o amor que auxilia.


Fraternidade: É o amor que se expande.


Sacrifício: É o amor que se esforça.


Renúncia: É o amor que depura.


Simpatia: É o amor que sorri.


Trabalho: É o amor que constrói.


Indiferença: É o amor que se esconde.


Desespero: É o amor que se desgoverna.


Paixão: É o amor que se desequilibra.


Ciúme: É o amor que se desvaira.


Orgulho: É o amor que enlouquece.


Sensualismo: É o amor que se envenena.


Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, 
não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.

Desperte-se!


14 de julho de 2012

Se amar fosse fácil...

Se amar fosse fácil,
Não haveria tanta gente amando mal, 
Nem tanta gente mal amada. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria tanta fome, 
Nem tantas guerras, 
Nem gente sem sobrenome. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém, 
Nem haveria orfanatos, 
Porque as famílias serenas adotariam mais filhos, 
Não haveria filhos mal concebidos, 
Nem esposas mal amadas. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria assaltantes 
E as mulheres gestantes não tirariam seu feto, 
Nem haveria assassinos, 
Nem preços exorbitantes 
Nem os que ganham demais, 
Nem os que ganham de menos. 
Se amar fosse fácil, 
Nem soldados haveria, 
Pois ninguém agrediria, 
No máximo, ajudariam no combate ao cão feroz. 

Mas, o amor é sentimento que depende de um "eu quero", 

seguido de um "eu espero"
E a vontade é rebelde, o homem, 
Um egoísta que maximiza seu "eu".

Por isso, o amor é difícil. 
Mas, não se ama por ser fácil, 
Ama-se porque é preciso!

Não Descartes isso


13 de julho de 2012

A morte - Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. 


A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? 

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.


Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis. 

Qual é? Morrer é um cliche. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. 

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? 

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. 

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Pra terminar bem a semana


Deixe o vento levar


9 de julho de 2012

Entre dois mundos


Taí um exemplo a ser seguido!

Já pensou se alguém faz o mesmo por João Pessoa???

Mesmo suja e caótica, São Paulo recebe declarações de amor

Ela é feia, suja e caótica, mas é principalmente por seus defeitos que se torna inspiradora. Apesar daqueles que só gostam de falar mal da cidade, há quem prefira demonstrar seu amor por ela.
Alguns deles, que já fizeram intervenções pela capital, estarão na mostra que será aberta nesta segunda-feira (9) no MIS (Museu da Imagem e do Som), na segunda edição do evento Conexão Cultural São Paulo. A exposição "Mais Amor em SP" reúne trabalhos de 20 pessoas de todo o país.
sãopaulo selecionou alguns desses "ativistas" e perguntou a eles por que, apesar dos problemas, dedicam tempo, traba-lho e dinheiro à cidade. O que é amar São Paulo?

Ygor Marotta (foto), criador da faixa Mais Amor Por Favor, mostra faixa em muro da avenida Pompeia

...compartilhar
Pela segunda vez neste ano, as amigas Ana Luiza Pereira, 29, e Rafaela Ranzani, 30, foram às ruas perguntar o que as pessoas amam em São Paulo. As respostas, escritas em cartões postais, ficarão expostas no MIS até 22/7. "Amar São Paulo é descobrir e compartilhar segredos sobre a cidade", diz Rafaela.


...cobrar
Em 2007, o empresário Oded Grajew, 68, fundou a Rede Nossa São Paulo para propor e cobrar ações da gestão pública, como um plano de metas sustentáveis. "Uma pesquisa nossa diz que 56% das pessoas mudariam de cidade se pudessem. Eu faço esse trabalho porque quero continuar aqui."


...doar
A estudante Drika Coelho, 26, é uma das pessoas que colaboram com as ações do BaixoCentro, grupo que organiza desde 2011 ações para promover a região. Em junho, tirou R$ 50 do bolso para uma festa junina no Minhocão. "É importante transformar o espaço público e fazer disso a extensão de casa."


...se declarar
"A gente vive num caos e o mínimo de amor, carinho, respeito e educação é primordial para vivermos em sociedade. São coisas simples, mas esquecidas", afirma o designer Ygor Marotta, 26, ao explicar por que espalha pela capital lambe-lambes com a frase "Mais Amor, Por Favor".


...colorir
Depois de dez anos deixando frases pela cidade, o grafiteiro Mundano, 26, conseguiu R$ 63 mil em doações pela internet para colorir carroças de catadores de materiais recicláveis. "A cidade é feia e cinza e faço isso para tentar arrancar sorrisos", diz.


...abrir o coração
Em março deste ano, quatro amigos reuniram 20 pessoas e colocaram corações de isopor em mais de 60 estátuas para chamar a atenção ao que estava esquecido. "Estamos viciados em falar mal daqui. É preciso mudar de atitude", diz a publicitária Tatiana Weberman, 37, do grupo "Aqui Bate um Coração".


...rememorar
Desde 2009, o jornalista Douglas Nascimento, 37, e a historiadora Glaucia Garcia, 31, mantêm o site www.saopauloantiga.com.br, que resgata a história de prédios históricos e bandonados da cidade. "Descobrir uma coisa nova todos os dias me faz amar cada vez mais São Paulo", diz Douglas.


...inspirar
Felipe Morozini, 37, já pintou flores com cal no Minhocão e fotografa a cidade em seus trabalhos. Uma de suas séries mostra seus amigos misturados à vista urbana e à sombra do artista por um vidro. "É inspirar a rotina. Você gosta mais daqui quando vê alguém fazendo algo pela cidade."


7 de julho de 2012

Sinta-se abraçado!


O 'bonzinho' - Max Gehringer

Nas empresas, há três tipos de funcionários: o ruim, o bom e o bonzinho. Dia mais, dia menos, o ruim vai para fora e o bom vai para cima. Mas o bonzinho continua sempre no mesmo lugar. 

Apesar de sersimpático e competente, de ser apreciado pela chefia e estimado pelos colegas, suacarreira não deslancha. E o bonzinho não consegue entender o que há de errado com ele. O que há de errado é que o bonzinho não tem aquilo que as empresas chamam de “o perfil”

Ele não é agressivo. Não mostra espírito de liderança. Não faz a diferença. Então, para quem está meio em dúvida se é bom ou é bonzinho, aqui vão as cinco características do bonzinho. 

Primeira: o bonzinho é ouvinte. Numa reunião, evita dar palpite. E está sempre fazendo aquele gesto de positivo com acabeça. 

Segunda: O bonzinho concorda com tudo. Principalmente com aquilo quenão concorda. Sempre acha que é melhor não arrumar confusão e conversar depois, com mais calma.


Terceira: o bonzinho não desafia ninguém. Não gosta de discórdia. Para ele, o empate é sempre um ótimo resultado. 

Quarta: o bonzinho nuncadesabafa. Mesmo quando está uma arara, ele continua com aquela expressão demanequim de loja de shopping. 

Quinta: o bonzinho detesta aparecer. Se surgir umadaquelas raras oportunidades de matar um dragão e virar o herói da empresa, o bonzinho prefere sentar e ficar esperando o dragão morrer de velho. 

No fundo, o bonzinho é o funcionário que todo mundo quer ter como colega. Ele não faz intriga, não puxa o tapete de ninguém e está sempre disposto a ajudar quem precisa de ajuda. Por isso mesmo, chefes e colegas preferem que ele continue onde está, contribuindo positivamente para o ambiente de trabalho. 

Na verdade, o bonzinho está sendo vítima do egoísmo geral e todo mundo lhe daria inteira razão se ele reclamasse. E ele só não reclama porque é bonzinho.

Este é o segredo


5 de julho de 2012

Deus me livre de ser feliz - Luis Felipe Pondé


Existem coisas mais sérias que a felicidade. Algum sabichão por aí vai dizer, sentindo-se inteligentinho: "Existem várias formas de felicidade!". E o colunista dirá: "Sou filósofo, cara. Conheço esse blá-blá-blá de que existem vários tipos de felicidade, mas hoje não estou a fim".

Um bom teste para saber se o que você está aprendendo vale a pena é ver se o conteúdo em questão visa te deixar feliz. Se for o caso e você tiver uns 40 anos de idade, você corre o risco de sair do "curso" engatinhando como um bebê fora do prazo de validade. A mania da felicidade nos deixa retardados.

Querer ser feliz é uma praga. Quando queremos ser felizes sempre ficamos com cara de bobo. Preste atenção da próxima vez que vir alguém querendo ser feliz.

Mas hoje em dia todo mundo quer deixar todo mundo feliz porque agradar é, agora, um conceito "científico". Quem não agrada, não vende, assim como maçãs caem da árvore devido à lei de Newton.

Mas eu, talvez por causa de algum trauma (fiz análise por 20 anos e acho que Freud acertou em tudo o que disse), não quero agradar ninguém.

Não considero isso uma "vantagem moral", mas uma espécie de vício. Claro, por isso tenho poucos amigos. Mas, como dizem por aí, se você tiver muitos amigos, ou você é superficial, ou eles são, ou os dois.

Quanto aos meus alunos e leitores, esses eu nunca penso em deixar felizes, graças a Deus.

Desejo para eles uma vida atribulada, conflitos infernais com as famílias, dúvidas terríveis quanto a se vale a pena ou não ter filhos e casar.

Desejo que, caso optem por não ter família, experimentem a mais dura solidão da existência humana, porque, no fundo, não passam de egoístas. Mas se tiverem família, desejo que percebam como os filhos cada vez mais são egoístas porque querem ser felizes e livres.

Desejo para eles pressões violentas no mercado de trabalho. E jantares à meia-noite diante de um trabalho que não pode ficar para amanhã porque querem viajar e ter grana para gastar.

Quem quiser ser livre, que aguente a insegurança da liberdade. Quem for covarde e optar por uma vida miseravelmente cotidiana que veja um dia sua filha jogar na sua cara que você foi um covarde.

Especialmente, desejo um futuro cruel para quem acredita que "ser uma pessoa de bem" a protege de ser infiel, infeliz, abandonada e invejosa.

Espero que um dia descubram que, sim, eles têm um preço (apenas desejo que seja um preço alto) e que se vendam.

Espero que percebam que seus pais não foram santos e parem com essa coisa de gente brega de classe média que tenta inventar uma "tradição ética familiar" que só engana bobo.

E por que digo isso? Porque hoje todos nós estamos um tanto infantilizados e só queremos que nos digam o que achamos legal.

O resultado é uma massa de obviedades. A tendência é transformar o pensamento público em autoajuda ou em "compromisso com um mundo melhor", o que é a mesma coisa.

Quem quer agradar é, no fundo, um frouxo. Vejamos alguns exemplos do produto "querer ser feliz".

Comecemos por quem acha que o seu "querer ser feliz" é superior e espiritualizado.

Talvez você queira virar luz quando morrer porque ser luz é legal (risadas). Deus me livre de querer virar luz quando morrer. Prefiro as trevas.

Se for para continuar vivendo depois de morto, prefiro viver no "meu elemento", as trevas, porque sou cego como um morcego.

Normalmente, quem quer virar luz quando morrer é gente feia ou magra demais. Mulheres bonitas vão para o inferno, logo...

E gente que acha que frango tem mãe (só porque ele "descende" do ovo de uma galinha, e ela de outro...) e por isso é crime matá-los? Trata-se de uma nova forma de compromisso com a "felicidade social e política".

Entre esses "felizes que desejam a felicidade para os frangos" existem pessoas de 40 anos com cérebro de dez e pessoas de dez anos que um dia terão 40, mas com o mesmo cérebro de dez. Não creio que mudem.

Hoje é Carnaval. Espero que você não tenha pegado aquele trânsito idiota de cinco horas para ser feliz na praia.

Ando numa preguiiiça ultimamente...


Aqui bate um coração - Rio de Janeiro


O Sol nasce iluminando e colorindo a praia de Copacabana. Drummond e Caymmi acordam inspirados e esbanjando mais amor no peito. Gandhi reafirma com mais amor o caminho da verdade (satya) e da não-violência (ahimsa). 
D. Pedro, Chacrinha, Princesa Isabel, Getúlio, José de Alencar, Hermes, Pereira Passos, entre outros, todos gritam bem alto pela paz mundial.


O Rio de Janeiro acordou diferente.



Durante a madrugada, o coletivo Choque de Amor, passeou pelas ruas da cidade replicando a ação #aquibateumcoracao, na cidade Maravilhosa, levando corações e amor às estátuas do Centro da cidade, e dos bairros de Copacabana, Ipanema, Gávea, Jardim Botânico, Lgo do Machado, Botafogo, Estrada Lagoa-Barra, Tijuca e Cosme Velho.



O que a gente queria?
Colocar um pouco mais de amor no cotidiano das pessoas e despertar sorrisos, reflexões, novos olhares, um respiro no meio da correria em que vivemos e, claro, muito amor - afinal AQUI BATE UM CORAÇÃO!


4 de julho de 2012

Millor Fernandes


Por Mahatma Gandhi




"Se eu pudesse deixar algum presente a você,
deixaria aceso o sentimento de amar a vida dos seres humanos. 
A Consciência de aprender tudo o que foi ensinado pelo tempo a fora.
Lembraria os erros que foram cometidos para que não mais se repetissem.
A capacidade de escolher novos rumos.
Deixaria para você, se pudesse, o respeito àquilo que é indispensável:
Além do pão, o trabalho.
Além do trabalho, a ação.
E, quando tudo mais faltasse, um segredo,
o de buscar no interior de si mesmo a resposta e a força para encontrar a saída." 

O que é, o que é?