12 de agosto de 2012

Como vai você?



Aquele que conhece os outros é sábio.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
Aquele que vence os outros é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.
Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.
Seja humilde e permanecerás íntegro.
Curva-te e permanecerás ereto.
Esvazia-te e permanecerás repleto.
Gasta-te e permanecerás novo.
O sábio não se exibe, e por isso brilha.
Ele não se faz notar e por isso é notado.
Ele não se elogia e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo, ninguém no mundo pode competir com ele.

Decida então!


11 de agosto de 2012

20 dicas de sobreVivências...


1 Aceite que há dias em que você é o pombo e outros em que você é a estátua.

2 Mantenha sempre suas palavras leves e doces, pois pode acontecer de você precisar engolir todas elas.

3 Só leia coisas que faça você se sentir bem (ou procure manter a aparência de quem está bem enquanto lê coisas ruins), caso você morra durante a leitura.

4 Dirija com cuidado. Não só os carros apresentam defeitos!

5 Se não puder ser gentil, pelo menos tenha a decência de ser vago.

6 Se você emprestar R$500 para alguém e nunca mais ver essa pessoa, provavelmente valeu a pena pagar esse preço para se livrar dessa má pessoa.

7 Pode ser que o único propósito da sua vida seja servir de exemplo para os outros.

8 Nunca compre um carro que você não possa manter.

9 Quando você tenta pular obstáculos lembre-se de que está com os dois pés no ar e sem nenhum apoio.

10 Ninguém se importa se você consegue dançar bem. Para participar e se divertir no baile, levante, dance, e pronto.

11 Uma vez que a minhoca madrugadora é a que é devorada pelo pássaro, durma até mais tarde sempre que puder.

12 Lembre que é o segundo rato que come o queijo - o primeiro fica preso na ratoeira. Saiba esperar.

13 Lembre, também, que sempre tem queijo grátis nas ratoeiras.

14 Quando tudo parece estar vindo na sua direção,provavelmente você está no lado errado da estrada.

15 Aniversários são bons para você. Quanto mais você tem, mais tempo você vive.

16 Alguns erros são divertidos demais para ser cometidos só uma vez.

17 Podemos aprender muito com uma caixa de lápis de cor. Alguns têm pontas aguçadas, alguns têm formas bonitas e alguns são sem graça. Alguns têm nomes estranhos e todos são de cores diferentes, mas todos são lápis e precisam viver na mesma caixa.
18 Não perca tempo odiando alguém, remoendo ofensas e pensando em vingança. Enquanto você faz isso a pessoa está vivendo bem feliz e você é quem se sente mal e tem o gosto amargo na boca.

19 Quanto mais alta é a montanha mais difícil é a escalada. Poucos conseguem chegar ao topo, mas são eles que contemplam a paisagem do alto e fazem as fotos que você admira dizendo "queria ter estado lá".

20 Uma pessoa realmente feliz é aquela que segue devagar pela estrada da vida, desfrutando o cenário, parando nos pontos mais interessantes e descobrindo atalhos para lugares maravilhosos que poucos conhecem.

6 de agosto de 2012

Dica de leitura




Calixto é um homem comum, mas, como tantos cidadãos ele, acorda cedo para fazer parte do labirinto da vida cotidiana. À noite, volta para casa onde encontra sua mulher e sua filhinha, nada mais normal. Mas não é disso que esta obra trata. Sem que ele queira, tudo começa a não fazer mais sentido. Calixto parece não saber como reagir, se é que quer fazer isso. Suas tentativas logo se mostram infelizes e sua conformação incomoda, embora ele tenha a sua frente um portal para mudar tudo.

A arte não imita a vida!


Se eu não tivesse tão fora de moda... III

... eu iria falar em Amizade.

Na amizade que deve existir entre duas pessoas que se querem.

O apoio, o interesse, a solidariedade de uns pelas coisas dos outros e vice-versa.

A união além dos sentimentos, a dedicação de compreender para depois gostar.

Se eu não tivesse tão fora de moda... II

... eu iria falar de Sinceridade.

Sabe, aquele negócio antigo de fidelidade, respeito mútuo e outras coisas mais.

Aquela sensação que embriaga mais que a bebida. Que é ter, numa pessoa só, a soma de tudo que às vezes procuramos em muitas.


A admiração pelas virtudes e aceitação dos defeitos, mas sobretudo, o respeito pela individualidade, que até julgamos nos pertencerem, sem o direito de possuir. 

5 de agosto de 2012

Se eu não tivesse tão fora de moda... I

... eu iria falar de Amor.

Daquele amor sincero, olhos nos olhos, frio no coração, aquela dorzinha gostosa de ter muito medo de perder tudo.

Daqueles momentos que  só quem já amou um dia conhece bem.

Daquela vontade de repartir,  de conquistar todas as coisas, mas não para retê-las  no egoísmo material da posse, mas  para doá-las  no sentimento nobre de amar.

4 de agosto de 2012

Aqui é o meu lugar!

Parabéns, João Pessoa.
Cidade que já tem alguns séculos,
mas tem corpinho de adolescente
e sofre das mesmas crises de qualquer 
jovem garota.
Cidade que já levou o meu nome,
ou seria o meu nome que veio da cidade
- Philipéia de Senhora das Neves.
427 anos de fundação e cada dia é descoberta 
por tantos outros que aqui chegam.
Redescubra todos os dias,
em todos os cantos,
de qualquer modo esta Pessoa: João, João Pessoa.

Design é pensar o que ainda não se pensou!


31 de julho de 2012

Qual é a cor do amor?


Professora de Minas Gerais integra Linguagem Oral, Matemática, Artes Visuais, Natureza e Sociedade com projeto de leitura



A pedagoga

Rosemeire Xavier (foto), do colégio Casa de Brinquedo, em Vespasiano (MG), idealizou o projeto Qual É a Cor do Amor? com intuito de incutir hábitos de leitura desde cedo nas crianças e reforçar o prazer dessa atividade, tanto no âmbito da escola como no da família. “A leitura conjunta de um adulto com as crianças proporciona um envolvimento direto dos pequenos com o livro, tornando esta experiência vital, efetiva e divertida”, conta a pedagoga. No projeto, foram trabalhados diversos eixos temáticos, como Linguagem Oral, Natureza e Sociedade, Artes visuais, Culinária, Matemática e Movimento. Acompanhe algumas atividades desenvolvidas com a turminha.
Qual é a cor do amor?
Para começar, a professora espalhou cartazes na escola com a frase Qual É a Cor do Amor?, título do livro adotado para o projeto, e pediu que as crianças dessem sua opinião. “Alunos de outras turmas, professores e até os pais responderam nos cartazes também, gerando um envolvimento muito grande de toda a escola”, conta Rose.

Hora da Matemática 
Após recolher os cartazes, que ficaram anexados na escola por três semanas, foi apurando o resultado sobre qual seria a cor do amor. A professora anotou na lousa as cores citadas, com ajuda das crianças, fez a contagem e questionou qual cor foi a preferida e qual foi a menos citada. “A mais citada foi a vermelha, por associação com o coração, mas também surgiu preto, roxo, cor-de-rosa e todas as cores do arco-íris”, diz a professora.

Visita ao zoológico 
No livro, um elefantinho cinzento queria descobrir a cor do amor e perguntava a todos seus amigos. Para aproximar os alunos do tema, a professora levou os alunos ao zoológico, para que vissem um elefante de verdade. Na ocasião, foi adotado também um elefantinho cinzento de pelúcia como mascote da turma, e as crianças fizeram uma votação para escolher o nome dele: Miolinho. Durante o passeio, a professora começou a contar a história e deixou o desfecho para que pais e filhos descobrissem qual seria a cor do amor.

Parceria com os pais
A cada semana, um aluno levava para casa o elefantinho e uma sacola literária, contendo o livro, um caderno para registrar a visita do mascote e para fazer uma enquete sobre qual seria a cor do amor, perguntando para os pais e familiares. Além disso, os pais deveriam ajudar os filhos a pesquisar curiosidades sobre os elefantes. Na escola, cada criança apresentava sua entrevista para os colegas e todos podiam opinar sobre as hipóteses dos entrevistados, manifestando também sua própria opinião, além de compartilhar as informações levantadas sobre os elefantes. “Foi curioso notar o envolvimento muito grande dos alunos, os pais comentavam que as crianças saíam perguntando sobre a cor do amor para todo mundo, até quando passeavam no shopping, por exemplo!”, conta Rose.
Vamos brincar com as cores
O projeto foi encerrado com uma festa das cores comemorando o aniversário do elefantinho cinzento na escola. Foi uma festa à fantasia, em que as crianças escolheram as cores de que mais gostavam para ter destaque na roupa e cantaram parabéns para o Miolinho. No dia da festa, as crianças fizeram a brincadeira do Elefante Colorido, que funciona assim: a professora diz “elefante colorido”, e as crianças perguntam “qual é a cor?”. Na sequência, a educadora responde determinada cor e os pequenos saem correndo à procura de algum objeto da cor solicitada.
Todas as cores do mundo 
Durante a execução do projeto, alunos, familiares e a comunidade escolar se envolveram e demonstraram alegria e satisfação em participar, relatando a importância de inserir a ludicidade no estímulo à leitura e de construir vínculos afetivos entre família e escola. “O projeto foi muito envolvente e divertido, e foi importante ressaltar que por meio da literatura pode-se aprender brincando!”, comenta Rose. Ficou curiosa para saber qual a cor do amor? Sem querer estragar o final do livro, Rose ressalta que a mensagem final é a valorização das diferenças: “Não há uma única cor para representar o amor, cada um tem sua opinião e deve ser respeitada”.

Você está sendo lapidado???


Meu profundo desejo é...


29 de julho de 2012

Em primeiríssima mão...

Fonte: http://kibeloco.com.br/2012/07/27/quero-ver-nas-olimpiadas/

O que é VIVER mesmo???


Já é - Lulu Santos



Sei lá...
Tem dias que a gente olha pra si
E se pergunta se é mesmo isso aí
Que a gente achou que ia ser
Quando a gente crescer
E nossa história de repente ficou
Alguma coisa que alguém inventou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um déjà vu
Sei lá...
Tem tanta coisa que a gente não diz
E se pergunta se anda feliz
Com o rumo que a vida tomou
No trabalho e no amor
Se a gente é dono do próprio nariz
Ou o espelho é que se transformou
A gente não se reconhece ali
No oposto de um vis a vis
Por isso eu quero mais
Não dá pra ser depois
Do que ficou pra trás
Na hora que já é!

28 de julho de 2012

26 de julho de 2012

Encontre Sua Grandeza

Comercial da Nike (2012)

Ler devia ser proibido - Guiomar de Grammont


“A pensar fundo na questão, eu diria que ler devia ser proibido.
Afinal de contas, ler faz muito mal às pessoas: acorda os homens para realidades impossíveis, tornando-os incapazes de suportar o mundo insosso e ordinário em que vivem. A leitura induz à loucura, desloca o homem do humilde lugar que lhe fora destinado no corpo social. Não me deixam mentir os exemplos de Don Quixote e Madame Bovary. O primeiro, coitado, de tanto ler aventuras de cavalheiros que jamais existiram meteu-se pelo mundo afora, a crer-se capaz de reformar o mundo, quilha de ossos que mal sustinha a si e ao pobre Rocinante. Quanto à pobre Emma Bovary, tomou-se esposa inútil para fofocas e bordados, perdendo-se em delírios sobre bailes e amores cortesãos.
Ler realmente não faz bem. A criança que lê pode se tornar um adulto perigoso, inconformado com os problemas do mundo, induzido a crer que tudo pode ser de outra forma. Afinal de contas, a leitura desenvolve um poder incontrolável. Liberta o homem excessivamente. Sem a leitura, ele morreria feliz, ignorante dos grilhões que o encerram. Sem a leitura, ainda, estaria mais afeito à realidade quotidiana, se dedicaria ao trabalho com afinco, sem procurar enriquecê-la com cabriolas da imaginação.
Sem ler, o homem jamais saberia a extensão do prazer. Não experimentaria nunca o sumo Bem de Aristóteles: o conhecer. Mas para que conhecer se, na maior parte dos casos, o que necessita é apenas executar ordens? Se o que deve, enfim, é fazer o que dele esperam e nada mais?
Ler pode provocar o inesperado. Pode fazer com que o homem crie atalhos para caminhos que devem, necessariamente, ser longos. Ler pode gerar a invenção. Pode estimular a imaginação de forma a levar o ser humano além do que lhe é devido.
Além disso, os livros estimulam o sonho, a imaginação, a fantasia. Nos transportam a paraísos misteriosos, nos fazem enxergar unicórnios azuis e palácios de cristal. Nos fazem acreditar que a vida é mais do que um punhado de pó em movimento. Que há algo a descobrir. Há horizontes para além das montanhas, há estrelas por trás das nuvens. Estrelas jamais percebidas. É preciso desconfiar desse pendor para o absurdo que nos impede de aceitar nossas realidades cruas.
Não, não dêem mais livros às escolas. Pais, não leiam para os seus filhos, pode levá-los a desenvolver esse gosto pela aventura e pela descoberta que fez do homem um animal diferente. Antes estivesse ainda a passear de quatro patas, sem noção de progresso e civilização, mas tampouco sem conhecer guerras, destruição, violência. Professores, não contem histórias, pode estimular uma curiosidade indesejável em seres que a vida destinou para a repetição e para o trabalho duro.
Ler pode ser um problema, pode gerar seres humanos conscientes demais dos seus direitos políticos em um mundo administrado, onde ser livre não passa de uma ficção sem nenhuma verossimilhança. Seria impossível controlar e organizar a sociedade se todos os seres humanos soubessem o que desejam. Se todos se pusessem a articular bem suas demandas, a fincar sua posição no mundo, a fazer dos discursos os instrumentos de conquista de sua liberdade.
O mundo já vai por um bom caminho. Cada vez mais as pessoas lêem por razões utilitárias: para compreender formulários, contratos, bulas de remédio, projetos, manuais etc. Observem as filas, um dos pequenos cancros da civilização contemporânea. Bastaria um livro para que todos se vissem magicamente transportados para outras dimensões, menos incômodas. E esse o tapete mágico, o pó de pirlimpimpim, a máquina do tempo. Para o homem que lê, não há fronteiras, não há cortes, prisões tampouco. O que é mais subversivo do que a leitura?
É preciso compreender que ler para se enriquecer culturalmente ou para se divertir deve ser um privilégio concedido apenas a alguns, jamais àqueles que desenvolvem trabalhos práticos ou manuais. Seja em filas, em metrôs, ou no silêncio da alcova… Ler deve ser coisa rara, não para qualquer um.
Afinal de contas, a leitura é um poder, e o poder é para poucos.
Para obedecer não é preciso enxergar, o silêncio é a linguagem da submissão. Para executar ordens, a palavra é inútil.
Além disso, a leitura promove a comunicação de dores, alegrias, tantos outros sentimentos… A leitura é obscena. Expõe o íntimo, torna coletivo o individual e público, o secreto, o próprio. A leitura ameaça os indivíduos, porque os faz identificar sua história a outras histórias. Torna-os capazes de compreender e aceitar o mundo do Outro. Sim, a leitura devia ser proibida.
Ler pode tornar o homem perigosamente humano.”

Quando você pensar em desistir...


22 de julho de 2012

O que faz você feliz? - Seu Jorge


A lua, a praia, o mar,
Uma rua, passear, 
Uma dança, um beijo,
Ou goibada com queijo?
Afinal, o que faz você feliz?
Chocolate, paixão, dormir cedo e acordar tarde,
Arroz com feijão, matar a saudade,
O aumento, a casa, o carro que você sempre quis,
Ou são os sonhos que te fazem feliz?
Dormir na rede, matar a cede, ler,
Ou viver um romance
O que faz você feliz?
Um lápis, uma letra,
Uma conversa boa, um cafuné, 
Café com leite, rir atoa,
Um pássaro, um parque, um chafariz,
Ou será o choro que te faz feliz? 
A pausa pra pensar, sentir o vento, 
Esquecer o tempo, o céu, o sol, um som, 
A pessoa ou o lugar?


Agora me diz, O que faz você feliz?

19 de julho de 2012

É o amor - Chico Xavier

Vida: É o amor existencial.


Razão: É o amor que pondera.


Estudo: É o amor que analisa.


Ciência: É o amor que investiga.


Filosofia: É o amor que pensa.


Religião: É o amor que busca a Deus.


Verdade: É o amor que eterniza.


Ideal: É o amor que se eleva.


Fé: É o amor que transcende.


Esperança: É o amor que sonha.


Caridade: É o amor que auxilia.


Fraternidade: É o amor que se expande.


Sacrifício: É o amor que se esforça.


Renúncia: É o amor que depura.


Simpatia: É o amor que sorri.


Trabalho: É o amor que constrói.


Indiferença: É o amor que se esconde.


Desespero: É o amor que se desgoverna.


Paixão: É o amor que se desequilibra.


Ciúme: É o amor que se desvaira.


Orgulho: É o amor que enlouquece.


Sensualismo: É o amor que se envenena.


Finalmente, o ódio, que julgas ser a antítese do amor, 
não é senão o próprio amor que adoeceu gravemente.

Desperte-se!


14 de julho de 2012

Se amar fosse fácil...

Se amar fosse fácil,
Não haveria tanta gente amando mal, 
Nem tanta gente mal amada. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria tanta fome, 
Nem tantas guerras, 
Nem gente sem sobrenome. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria crianças nas ruas sem ter ninguém, 
Nem haveria orfanatos, 
Porque as famílias serenas adotariam mais filhos, 
Não haveria filhos mal concebidos, 
Nem esposas mal amadas. 

Se amar fosse fácil, 
Não haveria assaltantes 
E as mulheres gestantes não tirariam seu feto, 
Nem haveria assassinos, 
Nem preços exorbitantes 
Nem os que ganham demais, 
Nem os que ganham de menos. 
Se amar fosse fácil, 
Nem soldados haveria, 
Pois ninguém agrediria, 
No máximo, ajudariam no combate ao cão feroz. 

Mas, o amor é sentimento que depende de um "eu quero", 

seguido de um "eu espero"
E a vontade é rebelde, o homem, 
Um egoísta que maximiza seu "eu".

Por isso, o amor é difícil. 
Mas, não se ama por ser fácil, 
Ama-se porque é preciso!

Não Descartes isso


13 de julho de 2012

A morte - Pedro Bial

Assisti a algumas imagens do velório do Bussunda, quando os colegas do Casseta & Planeta deram seus depoimentos. Parecia que a qualquer instante iria estourar uma piada. Estava tudo sério demais, faltava a esculhambação, a zombaria, a desestruturação da cena. Mas nada acontecia ali de risível, era só dor e perplexidade, que é mesmo o que a morte causa em todos os que ficam. 


A verdade é que não havia nada a acrescentar no roteiro: a morte, por si só, é uma piada pronta. Morrer é ridículo. Você combinou de jantar com a namorada, está em pleno tratamento dentário, tem planos pra semana que vem, precisa autenticar um documento em cartório, colocar gasolina no carro e no meio da tarde morre. Como assim? E os e-mails que você ainda não abriu, o livro que ficou pela metade, o telefonema que você prometeu dar à tardinha para um cliente? 

Não sei de onde tiraram esta idéia: morrer. A troco? Você passou mais de 10 anos da sua vida dentro de um colégio estudando fórmulas químicas que não serviriam pra nada, mas se manteve lá, fez as provas, foi em frente. Praticou muita educação física, quase perdeu o fôlego, mas não desistiu.


Passou madrugadas sem dormir para estudar pro vestibular mesmo sem ter certeza do que gostaria de fazer da vida, cheio de dúvidas quanto à profissão escolhida, mas era hora de decidir, então decidiu, e mais uma vez foi em frente. De uma hora pra outra, tudo isso termina numa colisão na freeway, numa artéria entupida, num disparo feito por um delinquente que gostou do seu tênis. 

Qual é? Morrer é um cliche. Obriga você a sair no melhor da festa sem se despedir de ninguém, sem ter dançado com a garota mais linda, sem ter tido tempo de ouvir outra vez sua música preferida. Você deixou em casa suas camisas penduradas nos cabides, sua toalha úmida no varal, e penduradas também algumas contas. Os outros vão ser obrigados a arrumar suas tralhas, a mexer nas suas gavetas, a apagar as pistas que você deixou durante uma vida inteira. 

Logo você, que sempre dizia: das minhas coisas cuido eu. Que pegadinha macabra: você sai sem tomar café e talvez não almoce, caminha por uma rua e talvez não chegue na próxima esquina, começa a falar e talvez não conclua o que pretende dizer. Não faz exames médicos, fuma dois maços por dia, bebe de tudo, curte costelas gordas e mulheres magras e morre num sábado de manhã. Se faz check-up regulares e não tem vícios, morre do mesmo jeito. Isso é para ser levado a sério? 

Tendo mais de cem anos de idade, vá lá, o sono eterno pode ser bem-vindo. Já não há mesmo muito a fazer, o corpo não acompanha a mente, e a mente também já rateia, sem falar que há quase nada guardado nas gavetas. Ok, hora de descansar em paz. Mas antes de viver tudo, antes de viver até a rapa? Não se faz. 

Morrer cedo é uma transgressão, desfaz a ordem natural das coisas. Morrer é um exagero. E, como se sabe, o exagero é a matéria-prima das piadas. Só que esta não tem graça.

Pra terminar bem a semana


Deixe o vento levar


9 de julho de 2012

Entre dois mundos


Taí um exemplo a ser seguido!

Já pensou se alguém faz o mesmo por João Pessoa???

Mesmo suja e caótica, São Paulo recebe declarações de amor

Ela é feia, suja e caótica, mas é principalmente por seus defeitos que se torna inspiradora. Apesar daqueles que só gostam de falar mal da cidade, há quem prefira demonstrar seu amor por ela.
Alguns deles, que já fizeram intervenções pela capital, estarão na mostra que será aberta nesta segunda-feira (9) no MIS (Museu da Imagem e do Som), na segunda edição do evento Conexão Cultural São Paulo. A exposição "Mais Amor em SP" reúne trabalhos de 20 pessoas de todo o país.
sãopaulo selecionou alguns desses "ativistas" e perguntou a eles por que, apesar dos problemas, dedicam tempo, traba-lho e dinheiro à cidade. O que é amar São Paulo?

Ygor Marotta (foto), criador da faixa Mais Amor Por Favor, mostra faixa em muro da avenida Pompeia

...compartilhar
Pela segunda vez neste ano, as amigas Ana Luiza Pereira, 29, e Rafaela Ranzani, 30, foram às ruas perguntar o que as pessoas amam em São Paulo. As respostas, escritas em cartões postais, ficarão expostas no MIS até 22/7. "Amar São Paulo é descobrir e compartilhar segredos sobre a cidade", diz Rafaela.


...cobrar
Em 2007, o empresário Oded Grajew, 68, fundou a Rede Nossa São Paulo para propor e cobrar ações da gestão pública, como um plano de metas sustentáveis. "Uma pesquisa nossa diz que 56% das pessoas mudariam de cidade se pudessem. Eu faço esse trabalho porque quero continuar aqui."


...doar
A estudante Drika Coelho, 26, é uma das pessoas que colaboram com as ações do BaixoCentro, grupo que organiza desde 2011 ações para promover a região. Em junho, tirou R$ 50 do bolso para uma festa junina no Minhocão. "É importante transformar o espaço público e fazer disso a extensão de casa."


...se declarar
"A gente vive num caos e o mínimo de amor, carinho, respeito e educação é primordial para vivermos em sociedade. São coisas simples, mas esquecidas", afirma o designer Ygor Marotta, 26, ao explicar por que espalha pela capital lambe-lambes com a frase "Mais Amor, Por Favor".


...colorir
Depois de dez anos deixando frases pela cidade, o grafiteiro Mundano, 26, conseguiu R$ 63 mil em doações pela internet para colorir carroças de catadores de materiais recicláveis. "A cidade é feia e cinza e faço isso para tentar arrancar sorrisos", diz.


...abrir o coração
Em março deste ano, quatro amigos reuniram 20 pessoas e colocaram corações de isopor em mais de 60 estátuas para chamar a atenção ao que estava esquecido. "Estamos viciados em falar mal daqui. É preciso mudar de atitude", diz a publicitária Tatiana Weberman, 37, do grupo "Aqui Bate um Coração".


...rememorar
Desde 2009, o jornalista Douglas Nascimento, 37, e a historiadora Glaucia Garcia, 31, mantêm o site www.saopauloantiga.com.br, que resgata a história de prédios históricos e bandonados da cidade. "Descobrir uma coisa nova todos os dias me faz amar cada vez mais São Paulo", diz Douglas.


...inspirar
Felipe Morozini, 37, já pintou flores com cal no Minhocão e fotografa a cidade em seus trabalhos. Uma de suas séries mostra seus amigos misturados à vista urbana e à sombra do artista por um vidro. "É inspirar a rotina. Você gosta mais daqui quando vê alguém fazendo algo pela cidade."


7 de julho de 2012

Sinta-se abraçado!


O 'bonzinho' - Max Gehringer

Nas empresas, há três tipos de funcionários: o ruim, o bom e o bonzinho. Dia mais, dia menos, o ruim vai para fora e o bom vai para cima. Mas o bonzinho continua sempre no mesmo lugar. 

Apesar de sersimpático e competente, de ser apreciado pela chefia e estimado pelos colegas, suacarreira não deslancha. E o bonzinho não consegue entender o que há de errado com ele. O que há de errado é que o bonzinho não tem aquilo que as empresas chamam de “o perfil”

Ele não é agressivo. Não mostra espírito de liderança. Não faz a diferença. Então, para quem está meio em dúvida se é bom ou é bonzinho, aqui vão as cinco características do bonzinho. 

Primeira: o bonzinho é ouvinte. Numa reunião, evita dar palpite. E está sempre fazendo aquele gesto de positivo com acabeça. 

Segunda: O bonzinho concorda com tudo. Principalmente com aquilo quenão concorda. Sempre acha que é melhor não arrumar confusão e conversar depois, com mais calma.


Terceira: o bonzinho não desafia ninguém. Não gosta de discórdia. Para ele, o empate é sempre um ótimo resultado. 

Quarta: o bonzinho nuncadesabafa. Mesmo quando está uma arara, ele continua com aquela expressão demanequim de loja de shopping. 

Quinta: o bonzinho detesta aparecer. Se surgir umadaquelas raras oportunidades de matar um dragão e virar o herói da empresa, o bonzinho prefere sentar e ficar esperando o dragão morrer de velho. 

No fundo, o bonzinho é o funcionário que todo mundo quer ter como colega. Ele não faz intriga, não puxa o tapete de ninguém e está sempre disposto a ajudar quem precisa de ajuda. Por isso mesmo, chefes e colegas preferem que ele continue onde está, contribuindo positivamente para o ambiente de trabalho. 

Na verdade, o bonzinho está sendo vítima do egoísmo geral e todo mundo lhe daria inteira razão se ele reclamasse. E ele só não reclama porque é bonzinho.