28 de maio de 2012

Dicionário das Emoções I


Muito é quando os dedos da mão não são suficientes.
Pouco é menos da metade.
Ainda é quando a vontade está no meio do caminho.
Lágrima é um sumo que sai dos olhos, quando se espreme o coração.
Amizade é quando você não faz questão de você e se empresta para os outros.
Vergonha é um pano preto que você quer para se cobrir naquela hora.
Solidão é uma ilha com saudade de barco.
Abandono é quando o barco parte e você fica.
Saudade  é quando o momento tenta fugir da lembrança para acontecer de novo e não consegue.
Lembrança é quando, mesmo sem autorização, seu pensamento reapresenta um capítulo.
Ausência é uma falta que fica ali presente.
Tristeza é uma mão gigante que aperta seu coração.
Interesse é um ponto de exclamação ou de interrogação no final do sentimento.
Intuição  é quando seu coração dá um pulinho no futuro e volta rápido.
Vontade  é um desejo que cisma que você é a casa dele.
Sentimento é a língua que o coração usa quando precisa mandar algum recado.
Emoção  é um tango que ainda não foi feito.
Desejo é uma boca com sede.
Paixão é quando apesar da palavra “perigo” o desejo vai e entra.
Excitação  é quando os beijos estão desatinados pra sair da sua boca depressa.
Angústia é um nó muito apertado bem no meio do sossego.
Beijo  é um procedimento inteligentemente desenvolvido para a interrupção mútua da fala quando as palavras tornam-se desnecessárias.
Amor é... esse negócio de amor não sei definir.

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